16 julho 2009

Mediocridade

Não há frustração maior do que viver à beira da genialidade. Existe uma barreira inexpugnável, perceptível apenas àqueles que se deparam com ela, segregando esta elite. É invisível, e instrasponível. Do lado da mediocridade vislumbra-se os movimentos e as maravilhas dos gênios, em suas realizações sem esforço aparente. Aqueles bem perto desta barreira compreendem a grandeza daqueles além, e a almejam, sem, todavia, esperanças de alcança-la. O imbecil não sofre deste mal. Quer dizer, ele nem se dá conta de qualquer barreira, nem mesmo de que é imbecil, nem se angustía. Encontra-se satisfeito com o que é. Este raciocínio estende-se a todas as áreas da realização humana: artística, intelectual, desportiva e emocional. O alento dos medíocres é a certeza de que todo gênio o é, apenas, em determinada área limitada de atuação, sendo, por sua vez, medíocre em muitas (ou todas as) outras. Concordemos que consiste em conforto nada edificante, e um tanto quanto (ou totalmente) mesquinho, pequeno, invejoso, destrutivo... enfim, medíocre como a mente que o produz.